Na verdade todo fim de ano essa conversa se repete mas, pergunto que culpa tem o ano? O que leva muitas pessoas a atribuir a um período, um ciclo a responsabilidade pelas mazelas ou alegrias vividas?
Fico aqui me perguntando sobre o que faz com que se avalie um ano como bom ou ruim? Sobre o quanto se deixar levar pela negatividade ou pela positividade pode refletir nos acontecimentos e na forma de reação a eles e no que se reflete em cada pessoa?
Minha percepção é que em 2016 as vibrações no planeta tenderam a ficar no polo negativo. Sim, de fato foi um ano em que muitas coisas ocorreram à nossa revelia: doenças acometeram a nós e a quem amamos, tragédias aconteceram - aviões caíram, barcos afundaram, guerras se intensificaram, safras se perderam e tantas outras coisas favoreceram a onda de negatividade. Mas, creio, só nós podemos mudar isso tudo. Só reclamar faz com que nos eximamos da responsabilidade que temos de fazer com que a vida seja melhor.
Qual é o papel de cada pessoa para que no final de 2017 não voltemos a falar mal do ano e sim refletir sobre como fizemos para o ano tenha sido o que foi.
Ouso dizer que precisamos de coisas bem simples: mais diálogo, empatia, interesse genuíno pelas pessoas, pelo planeta, mais conhecimento, mais amor. Pode parece pueril, mas a mudança só vai acontecer se nos conectarmos com as energias do amor, da compaixão, do altruísmo e acreditarmos na imensa força que temos como seres espirituais em passagem pela matéria.
Um texto atribuído a Goethe me parece bem oportuno nesse momento.
“Cheguei à terrível conclusão de que sou, o elemento decisivo. É a minha abordagem que cria o clima. É o meu humor diário que faz o tempo. Possuo o tremendo poder de tornar a vida miserável ou prazerosa. Posso ser uma ferramenta de tortura ou um instrumento de inspiração; posso humilhar ou ter humor, machucar ou curar; Em todas as situações, é a minha resposta que decide se uma crise escala ou des-escala, se uma pessoa é humanizada ou des-humanizada. Se tratamos as pessoas como elas são, nós as tornamos piores. Se tratamos as pessoas como elas deveriam ser, nós as ajudamos a se tornar o que elas são capazes de se tornar.”
Que amanhã quando celebrarmos a chegada de 2017, seja realmente um momento de virada.
Pintura: Amy Tanathorn |
Muito bom, gratidão por compartilha e por inspirar a ser o "elemento decisivo" Matheus Berto
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