domingo, 2 de fevereiro de 2014

Menos barulho

Sou paulistana, gosto dessa cidade do jeito que é: diversa, caótica, desigual, cheia de ofertas culturais para todos dos gostos, bairros nus de verde e outros ainda cheios de arvores (moro num deles, gracias a la vida).
Sim, é caro viver e estar aqui, tem tráfego intenso de carros e de pessoas, estresse, filas... mesmo assim é um cidade muito interessante e, a seu modo, acolhedora.
Mas, cada vez mais é o barulho das obras que me incomodam. Entendo como necessária e bem vinda a expansão do Metrô, com direito a monotrilho aqui pertinho, a readaptação de ruas e avenidas. Necessidades antigas que tardiamente estão se materializando. Esses barulhos e incômodos aceito.
Difícil é compreender o som de motoserras ceifando árvores e tirando o abrigo de pássaros e outros animais para dar lugar a concreto, de marretas demolindo casas cheias de histórias para dar lugar a arranha-céus empilhadores de gente e fazedores de transito em ruas até então tranquilas.
Isso não é progresso, definitivamente, isso não é progresso.
Recentemente, essa senhora completou 460 anos. Ela merece progresso, desenvolvimento. Só crescimento não basta.
Quero mais verde, mais bicicletas na rua, mais calçadões, mais vida, mais sons harmônicos e menos, muito menos, barulho.